O que ficou nas entre-linhas da Intervenção Federal no Rio de Janeiro




Primeiro devo esclarecer a diferença entre Intervenção Militar e Intervenção Federal: A primeira diz respeito a
tomada de poderes coersitivamente, com dissolução do poder instalado, cheirando, mesmo, a golpe, que não é o caso de agora. O segundo caso e a Intervenção Federal, que se justifica, constitucionalmente, quando um Estado da Federação pede auxilio ao governo central por motivo de algum tipo de descontrole ou desordem para restaurar a ordem publica, como aconteceu no estado do Rio da Janeiro. Vale salientar que a Intervenção Federal está inserida nos moldes democráticos estando sujeita ao aval do Congresso Nacional.
Politicamente, por que o PT é contra essa intervenção? Vejamos: O PT não quer saber de militares no governo, pois teme que eles voltem a gostar do Poder de governar, no caso de êxito da intervenção poderá crescer a avaliação do Presidente Temer e atrapalhar seu discurso Ante-Temer, poderá também robustecer o militarismo como ideologia politica, inclusive, subsidiar as pretensões de Bolsonaro.
Há também os que acham que é uma medida é mesquinha e politiqueira, que veio socorrer os futuros vexames do Presidente Temer,como a derrota, inquestionável no Congresso Nacional da Reforma da Previdência: Sabemos que qualquer reforma constitucional não pode ser votada enquanto existir uma Intervenção no Território Nacional.
É claro que a Intervenção Federal no Rio foi, absolutamente necessária, veio até tardia, mas ancorou estas circunstâncias.

Sérgio Cunha
Comentarista
Simples e Objetivo

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